Em pleno ano novo lunar, época em que todos os chineses viajam para visitar suas famílias, um vírus surge no gigante asiático, não demorou muito tempo, para esse terrível vírus se alastrar pela China e por demais países, se espalhando por quatro continentes. 

Mesmo a Organização Mundial de Saúde não tendo declarado uma situação crítica global, essa situação está afetando drasticamente a economia no mundo e consequentemente as negociações internacionais e comércio mundial.

Economistas já haviam declarado que era esperado uma desaceleração da economia mundial em 2020, porém após a doença coronavírus se tornar uma epidemia mundial, a economia pode ser ainda mais prejudicada. 

As empresas de turismo já registraram uma queda de 50 bilhões de dólares em valor de mercado até o momento, eventos que trariam turistas para a China também foram suspensos e ainda não se sabe quando as aulas irão voltar.

Comércio Internacional

Essa semana você já deve ter recebido de seu parceiro na China um comunicado de aumento do feriado chinês, ou até mesmo de companhias de transportes de outros países informando que irão cancelar suas rotas com destino China.

A bolsa chinesa ficará fechada até dia 3 de fevereiro, o Ibovespa caiu aproximadamente 2,90% essa semana, as corporações mais atingidas foram as exportadoras de aço, petróleo, mineração e alimento, com o principal importador China. Essa queda na bolsa não ocorreu apenas no Brasil, mas foi registrada em países como Alemanha, França, Itália, Inglaterra, Espanha, Portugal e Japão. O dólar comparado ao real também acumulou a maior alta desde dezembro de 2019. 

Falando da cadeia de suprimentos que a China proporciona nacional e internacionalmente, ainda não se pode medir o tamanho do dano, uma vez que fábricas estão deixando de produzir, alguns empresários solicitaram aos seus funcionários que trabalham em Home Office, mas uma vez que não há produção e nem transporte, não conseguem administrar a logística para a entrega de cada demanda.

Todos esses fatores geram, um desequilíbrio na balança comercial chinesa e mundial, o Brasil será fortemente influenciado, não pela doença, mas por suas consequências econômicas, uma vez que tem a China como principal parceiro comercial. Mesmo assim, alguns especialistas se mantêm otimistas, e afirmam que isso gerará um “V” na economia global, ou seja, uma grande queda seguida de uma grande ascensão. 

Um dos poucos setores beneficiados foi a indústria farmacêutica e de itens hospitalares, como máscaras, luvas e equipamentos.

O que está acontecendo no mundo?

Os países estão trabalhando na repatriação de todas as pessoas que ficaram na China e não apresentam nenhum sintoma da doença. 

Austrália conseguiu reproduzir o vírus e Alemanha e Rússia estão desenvolvendo vacina para a cura.

No Brasil, houve um boato, após a atracação do navio KM Singapura, estivadores registraram alguns tripulantes asiáticos utilizando máscaras e especulações começaram no porto de Santos sobre uma possível contaminação de Coronavírus. Em pouco tempo a Anvisa desmentiu essa informação e informou que não havia com o que se preocupar, uma vez que a tripulação estava apenas seguindo os procedimentos acordados, ao utilizar as máscara, pois se tratava de uma embarcação de grãos. Além disso, o navio não teve nenhuma escala na China.

Artigo escrito por Kauana Benthien A. Pacheco

Criadora da página de conteúdo de comércio exterior, ComexLand, Kauana tem seis anos de experiência no comex, é formada em Negócios Internacionais e cursa pós graduação em Big Data & Market Intelligence.

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