Se você acompanha os noticiários diariamente, provavelmente percebe como funciona a oscilação do real frente ao dólar e toda a rapidez de um dia para o outro. São diversas as notícias do tipo “dólar fecha em alta”, “real se recupera”, “dólar fecha em queda pelo terceiro
dia consecutivo” assim como a fala de algum político causa um efeito imediato na cotação da moeda.

Assim como a comercialização de mercadorias tem seu preço em determinado território composto por uma série de fatores, o “preço do dólar” funciona de maneira semelhante seguindo principalmente a lei da oferta e da demanda. Ou seja, quando há muito dólar
entrando no país, seja através das exportações ou de investimentos externos, seu valor fica mais acessível, ou seja, a nossa moeda local, o real, se valoriza. Da mesma forma ocorre o contrário, quando a economia não anda tão bem, investidores tendem a tirar seus dólares
do nosso país, as exportações diminuem, as importações tendem a crescer, aumentando o déficit da balança comercial, e assim, o “dólar fica mais caro” pela sua escassez.

Economistas e analistas do mercado financeiro possuem muitas dificuldades quando se trata da “previsão do dólar”, pois a economia não é uma ciência exata, mas formada e influenciada por diversos fatores que dentro de poucas horas podem mudar completamente.
Porém, é necessário estudar o cenário global para entender o mercado e criar perspectivas para o futuro, considerando as tendências e o histórico da moeda.

 

Afinal, o que esperar do dólar para 2023?

Para fins de comparação, trouxemos um gráfico que mostra a oscilação do valor do dólar durante este ano:

 

Nele conseguimos visualizar que no início deste ano, US$1 girava em torno de R$5,60 e chegou a sua menor cotação no mês de abril, atingindo R$4,59, logo em seguida voltou a subir e atualmente (dezembro de 2022) a queda anual registrada é de 7,64% com o dólar
na casa dos R$5,25.

 

Segundo especialistas, apesar da queda registrada, o real ainda segue distante da conhecida "taxa de câmbio de equilíbrio", que seria a taxa ideal para a economia do país como um todo. Analisando um período maior, em 2020 e 2021, o real perdeu muita força
fazendo com que o dólar acumulasse alta de quase 40% com a saída expressiva de investidores estrangeiros do país devido a diversos fatores, como a pandemia de Covid-19 que destruiu diversos mercados pelo mundo.

 

A troca de governo, que ocorrerá logo no início de 2023, ainda segue sendo um enigma em relação à conduta econômica do país, visto que logo após o resultado da eleição o dólar apresentou uma forte queda, porém, voltou a subir logo em seguida após algumas declarações do próximo presidente que não foram bem avaliadas pelo mercado. Sendo assim, o rumo do real e do dólar dependerá também das decisões a serem tomadas em relação às tributações, ao meio ambiente, às relações internacionais, ao tão falado teto de gastos dentre outros fatores essenciais para que o país tenha uma boa economia.

 

A nossa expectativa é que novas oportunidades de negócios internacionais surjam, tornando o Brasil cada vez mais competitivo no mercado internacional, atraindo assim mais investimentos e aumentando a atuação das empresas nacionais nas exportações e importações globais.

 

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