A cadeia logística internacional vem enfrentando uma série de dificuldades nos últimos anos, impactando empresas de diversos segmentos pelo mundo. A pandemia de Covid-19 foi um dos principais marcos dessa crise, pois a partir dela e com as restrições por ela impostas, muitos problemas surgiram e se agravaram.

O fechamento de fábricas e as restrições no comércio fizeram com que a economia perdesse o fôlego, e ao mesmo tempo, muitas cargas fossem se acumulando em diversos portos e aeroportos pelo mundo, a dificuldade de encontrar diversos produtos e serviços aumentou, e consequentemente, a inflação tomou conta dos principais mercados. O valor do frete marítimo internacional, inclusive, sentiu bastante esse efeito e registrou o maior patamar da história nos últimos dois anos, encarecendo o valor de vários produtos, que mesmo que não sejam importados, utilizam algum insumo estrangeiro em sua fabricação.

Ainda é muito difícil falar em “fim da pandemia”, pois frequentemente vemos novos lockdowns, principalmente na China, cujas restrições ainda são bem sérias. Por ser um dos maiores mercados exportadores do mundo, quando o país declara lockdown, o mundo sente o efeito imediatamente.

Mudanças climáticas

Além de todo esse cenário socioeconômico e sanitário, as drásticas mudanças climáticas também têm interferido no comércio exterior. A Europa registrou neste verão de 2022 as maiores temperaturas das últimas décadas no continente, causando diversos  problemas para a população e também para a economia. Especialistas apontam que a emissão de gases de efeito estufa é uma das principais causas dessas temperaturas elevadas.

Outro ponto muito importante que tem se observado no continente europeu é o nível de água dos rios, tão importantes para a logística entre os países. Diversos rios navegáveis e amplamente utilizados na logística do continente estão sofrendo com o longo período de seca, impossibilitando a passagem de cargueiros.

A China também vem enfrentando problemas decorrentes das mudanças climáticas. O país, que é tão dependente de energia hidrelétrica, já sente a dificuldade na produção energética devido aos baixos níveis de água e uma ameaça de crise energética assola o país. Algumas fortes indústrias, inclusive, reduziram suas produções a fim de economizar energia.

Os Estados Unidos, por sua vez, também já possuem reservatórios com os menores níveis de água dos últimos 80 anos e rios intransitáveis até a normalização da situação.

Greve e inflação

Todo esse caos contribuiu bastante para o aumento generalizado dos preços, fazendo com que os salários perdessem valor e os trabalhadores perdessem poder de compra, dificultando cada vez mais o dia a dia de todos.

Com isso, diversos trabalhadores portuários vêm realizando paralisações e greves, principalmente na Europa, em busca de equiparação salarial e melhores condições de vida. Portos da Alemanha, Holanda e Reino Unido tiveram grandes paralisações nos últimos meses, dificultando a carga e a descarga de contêineres pelo mundo e criando novos problemas a serem enfrentados por importadores e exportadores que buscam alternativas para superar esse momento tão complicado.

Infelizmente, não há expectativas positivas na logística internacional até o final deste ano. Tudo indica quem apesar dos ganhos obtidos em alguns mercados com o aumento das exportações, por exemplo, o engarrafamento de navios, o acúmulo de contêineres e a inflação continuarão prejudicando as compras e vendas internacionais.

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