De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% do transporte de carga brasileiro é feito via rodovias, além disso, mais da metade das viagens nacionais são feitas sob quatro rodas. A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) divulgou que 70% dos brasileiros fazem uso de carro ou ônibus. Sendo assim, as peças e acessórios de veículos automotivos são de extrema importância para a nossa economia e comércio internacional.
Em 2020, o setor ficou em 11º lugar no ranking de produtos mais importados pelo Brasil e na 19ª colocação dos produtos que o Brasil mais exportou. Esse ano, as auto peças já subiram algumas posições e se encontram no 7º lugar dos principais produtos importados.
QUEM SÃO OS PRINCIPAIS PARCEIROS DO BRASIL?
Há uma grande diversificação entre os principais importadores e exportadores, variando entre países de diferentes continentes. A nossa principal fornecedora vem sendo a China, liderando com 17% do total importado, seguida do Japão (13%), México (11%), Alemanha (9,5%), Coreia do Sul (7,5%) e Estados Unidos com 7,3% do total.
Enquanto isso nas exportações, a Argentina é o principal destino das nossas autopeças com 39% (US$59,3 milhões) apenas esse ano. Em segundo lugar, os Estados Unidos com 11%, México (7,0%), Chile (6,3%), Holanda (4,8%), Congo (3,3%) e Colômbia com 3,2%.
O principal estado exportador de autopeças é São Paulo (59,1% do total em 2020 e 52,1% em 2021), seguido do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.
QUAIS AS VANTAGENS DA IMPORTAÇÃO?
Dados mostram que apesar do frete internacional e dos impostos incidentes nas operações de importação, ainda assim a importação de peças é vantajosa, podendo sair até 80% mais barata que comprando no mercado interno. No entanto, caso o consumidor queira importar por conta própria, o que está se tornando cada vez mais comum, alguns cuidados são necessários como não exceder o teto de importação por pessoa física, se atentar ao cálculo dos impostos, tamanho da mercadoria, dentre outros itens burocráticos.
Outro benefício da importação (pensando na revenda) é o ganho de vantagem competitiva, devido ao menor custo e a maior qualidade do produto oferecido.
Através de algumas resoluções, a Camex (Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior) também já beneficiou o setor automotivo reduzindo a alíquota de importação, como por exemplo no projeto “Rota 2030” criado em 2017 para definir regras de fabricação dos automóveis produzidos e comercializados no Brasil visando eficiência e novas tecnologias. Como parte desse programa, houve a redução de 2% para 0% do Imposto de Importação de componentes automotivos importados que não existisse fabricação no país, mas ao mesmo tempo, as empresas beneficiadas deveriam se comprometer a investir o valor descontado em pesquisa e inovação com instituições para começar a produzir tais itens internamente, favorecendo a indústria e mão de ora local e diminuindo a dependência de outros países.
AGRONEGÓCIO E O MERCADO AUTOMOTIVO
O agronegócio, um dos principais pilares da economia brasileira, também recebeu alguns incentivos que visam incentivar e gerar mais competitividade para o produtor nacional. No início de fevereiro, a resolução Nº 150 da Camex listou mais de 400 itens que tiveram redução de 16% para 2% na alíquota de importação, dentre eles autopeças para tratores e caminhões como pneus, espelhos, motores e válvulas.
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Artigo escrito por : Iara Neme
Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior é produtora de conteúdo da página ComexLand, possui experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.
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Bom dia,
Tenho um veículo New Fiesta modelo Mexicano ano 2011 que estragou o módulo ABS, não encontrei essa peça para comprar aqui no Brasil. Gostaria de saber se vocês importam para pessoa física esse produto.
Obrigada!
Vanuza, boa tarde!
não fazemos esse tipo de serviço, somos uma empresa de sistemas para agentes de carga internacional.