Além de ser uma das bebidas mais apreciadas pelos brasileiros (e em todo o mundo!), os grãos da bebida representam uma grande importância para a nossa economia, e não é de hoje: desde meados do século XIX, com o ciclo do café que perdurou por mais de um século, o produto possui uma enorme representatividade na nossa pauta econômica.

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, com plantações suficientes para cobrir o equivalente a 2 milhões de campos de futebol. Além do Brasil, outros grandes produtores do grão que originam a bebida são o Vietnã, Colômbia, Indonésia, Etiópia, México e Honduras.

No ano passado, as exportações de café chegaram a mais de 2,2 milhões de toneladas, totalizando cerca de US$5,8 bilhões. O café foi o segundo produto com o maior volume de exportação no ano, ficando atrás da soja, apenas. No ranking total das exportações, o grão ficou em 11º lugar. 

No primeiro trimestre deste ano, houve uma queda de 10% no volume exportado, porém, a receita obtida com esses embarques foi 63,2% superior ao do mesmo período de 2021 devido a valorização do grão no mercado internacional com incremento de 81,5% no preço FOB do quilo do café, que chegou a US$3,92. Neste primeiro trimestre, o café ocupa a 6ª colocação no ranking dos principais produtos exportados, representando uma fatia de 3,2% do total. 

O estado de Minas Gerais é líder absoluto na produção e exportação dos grãos com cerca de 81% do total, em seguida, vem São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Paraná, com 9,22%, 5,37%, 2,85% e 0,87%.

Em relação aos principais destinos do nosso café, diversos países de diferentes continentes compõem a lista. Em primeiro lugar, vem os Estados Unidos com 19% de participação, em segundo e terceiro, Alemanha e Bélgica com 18% e 8,5%, respectivamente, em seguida, Itália, Japão, Rússia, Colômbia, Reino Unido, dentre outros ocupam o ranking dos principais importadores. Com o conflito na Ucrânia, que teve início com o ataque russo no final de fevereiro, as exportações para a Rússia diminuíram cerca de 20% no último mês. Para os EUA, Alemanha e Bélgica, o top 3, houve variação positiva de 65,1%, 67% e 94,3% neste primeiro trimestre.

Em relação aos tipos de café, o arábica corresponde a maior parte dos nossos embarques, com quase 90% de participação neste primeiro trimestre. Já o café solúvel respondeu por 9,2% do total. Na sequência, vêm a variedade canéfora (robusta + conilon) e o produto torrado e torrado e moído, com participações bem inferiores.

O Porto de Santos foi o principal terminal dos embarques de café no Brasil com cerca de 83,3% do total exportado. Os portos do Rio de Janeiro e Paranaguá vêm na sequência com 12,4% e 1,3%, respectivamente.

Iara é graduada em Relações Internacionais e Comércio Exterior é produtora de conteúdo da página ComexLand, possui experiência de mercado na área comercial, de logística e importação.

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